Crédito Habitação: A Taxa de juro atingiu 3,398% - André Ganhão

A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação foi 3,398% em Maio, o valor mais elevado desde Junho de 2009, traduzindo uma subida de 28,8 pontos base (p.b.) face a Abril (3,110%), avança hoje o INE.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística – INE, nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro foi de 3,882%, o que traduz uma subida de 20,7 p.b. face a Abril, atingindo o valor mais elevado desde Agosto de 2012.

Para o destino de financiamento Aquisição de Habitação, o mais relevante no conjunto do crédito à habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos subiu para 3,383% (+28,5 p.b. face a Abril). Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro subiu 21,0 p.b. face ao mês anterior, fixando-se em 3,871%.

O INE, indica ainda que considerando a totalidade dos contratos, o valor médio da prestação mensal fixou-se em 352 euros em Maio, mais 11 euros que em abril e mais 92 euros que em maio de 2022 (aumento de 35,4%). Deste valor, 179 euros (51%) correspondem a pagamento de juros e 173 euros (49%) a capital amortizado – em Maio de 2022, a componente de juros representava apenas 16% do valor médio da prestação (260 euros). Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação subiu 1 euro face ao mês anterior, para 591 euros em Maio (aumento de 51,2% face ao mesmo mês do ano anterior).

Capital médio em dívida

Em Maio, o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 197 euros face ao mês anterior, fixando-se em 63 169 euros. Para os contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio em dívida foi 124 065 euros, menos 1 669 euros que em Abril.